A esperteza dos corruptos que se utilizam de todas as oportunidades para enganar os pobres é denunciada pelo profeta Amós. Trata-se de esperteza opressora e egoísta, muito próxima à cultura da corrupção, na qual os que se acham mais espertos aproveitam para alavancar seu bel-prazer. O administrador desonesto do Evangelho, embora paradoxal, conforme afirma Jesus, apresenta pistas de uma esperteza boa, voltada para ajudar os fracos, os endividados que estavam na mão do rico proprietário.
São Paulo ajuda a compreender que a atitude pastoral por excelência é revelar o rosto misericordioso de Deus, que “quer que todos sejam salvos”. No caso dos honestos, a oração é de agradecimento pelo bem que realizam e por seu exemplo de fidelidade. Já no caso dos desonestos, a prece é pela conversão, para que, ainda em vida, possam transformar as atitudes corruptas em novas oportunidades de reconciliação e de vida santa.
1ª leitura (Am 8,4-7)
Salmo 112
2ª leitura (1 Tm 2,1-8)
Evangelho (Lc 16,1-13)
O Evangelho convida-nos a transformar nossas perversões, que desumanizam aquilo que somos. Uma das sensações da corrupção é a alegria de tirar proveito da pequenez do outro; no entanto, essa sensação corrupta machuca ainda mais a nós mesmos, aquilo que somos, desvirtua nossa vocação para fazer o que é certo, além de aumentar os cenários de injustiça.






