Crisma: compreendendo o sacramento da confirmação

Crisma: compreendendo o sacramento da confirmação

Para nos ajudar a entender toda a simbologia desse importante passo da caminhada católica, recorremos ao pároco da Bom Pastor, Edemar Endringer. Confira os esclarecimentos que o padre nos dá sobre esse sacramento:

 

Por Ana Carolina Ronchi – Agência Kharis

 

A vida de um jovem é repleta de esperanças e sonhos. É na juventude que somos chamados a dar passos decisivos que refletirão na vida futura. A Celebração da Crisma acontece, justamente, neste período do “momento decisivo”: é necessário decidir-se por seguir Jesus mais de perto; por lutar pela construção do Reino de Deus. No entanto, o jovem, ou qualquer pessoa, não consegue realizar o projeto de Deus por suas próprias forças; é aqui que contamos com a ação do Espírito Santo – aquele que é doador e intensificador dos dons e carismas.

            

A Celebração da Crisma pode também ser chamada de “Confirmação” do Batismo. Quando recém-nascidos, foram nossos pais e padrinhos que nos apresentaram a Jesus, e agora, com o Sacramento da Crisma, cada um é chamado a decidir, por si mesmo, a continuidade e o compromisso na fé. Nos textos bíblicos encontramos diversas passagens que remetem ao Sacramento da Crisma, elas estão em: Jo 14, 25-26; Lc 12, 12; At 8, 14-17; At 19, 1-6 e 2 Cor 1, 21-22.

            

A Igreja possui um rito próprio para a Celebração do Sacramento da Crisma. Neste rito, usa-se paramentos na cor vermelha, pois tal tonalidade nos remete às “línguas de fogo” – simbolizando dessa maneira a presença do Espírito Santo no momento de Pentecostes. 

 

A matéria sacramental é o óleo do Crisma – consagrado na quinta-feira Santa na Catedral Metropolitana de Vitória pelo bispo e padres. Na celebração da Crisma há a simbologia também do que é pronunciado pelo bispo: durante a unção na fronte da pessoa se diz: “(Nome), recebe por este sinal o Espírito Santo, dom de Deus”.

            

Quando se fala do Crisma podemos dizer que a primeira característica do rito é ser uma unção. Isso nos remete ao simbolismo bíblico. No Antigo Testamento, a unção era o rito pelo qual os sacerdotes e os reis eram consagrados. Ela constituía um sacramento pelo qual o Espírito Santo lhes era comunicado em vista das funções que deveriam realizar. Nos profetas encontramos a unção relacionada ao messianismo (eles anunciam que, na plenitude dos tempos, virá o “Ungido”, um Messias, um Christos, do qual o rei Davi e o sumo sacerdote eram apenas figuras). Essa unção chama-se chrisma em grego, e quem a recebe é chamado de christos, ungido. O batizado, então, com a unção do crisma se torna um christianos, o seja, cristão.

 

Esse óleo que nós chamamos de “crisma” compõe-se de uma mistura de azeite com bálsamo. O que o distingue do óleo dos catecúmenos é justamente esse aroma. É esse perfume que constitui o essencial do símbolo. Representa, para nós, o “bom odor de Cristo”. De um lado encontramos o perfume divino, considerado como o reflexo da divindade. De outro lado, encontramos uma doutrina baseada na percepção das coisas espirituais representadas pelos sentidos humanos e, em particular, o olfato.

 

No próximo dia 17 de novembro, às 10h, teremos a chance de presenciar novos fiéis de nossa paróquia recebendo o “odor de Cristo”. Com alegria celebraremos mais uma Crisma. Participe dessa experiência de fé e amor ao Pai. Convidamos a toda paróquia a rezar por esse momento ímpar na evangelização. 

 

Pascom Paróquia Bom Pastor

Compartilhar:

Relacionados

Outras categorias

Publicidade

Anterior
Próximo