Homilia Dominical – 26º Domingo do Tempo Comum

Homilia Dominical – 26º Domingo do Tempo Comum

Neste 26º domingo do Tempo Comum, o Evangelho nos apresenta a parábola de Lázaro e do homem rico. Jesus desafia os fariseus a construir novas relações – em primeiro lugar, entre as pessoas e, depois, com os bens da terra. Atentar para o abismo que “separa” os dois personagens principais é fundamental para compreender que a Boa Notícia de Jesus não é um código moral, um conjunto de normas, senão que o esforço cotidiano de diminuir as distâncias e viver nova fraternidade. O profeta Amós e a carta de Paulo a Timóteo iluminam este grande convite de Jesus: perceber as grandes injustiças, denunciá-las e dar um testemunho exigente de fidelidade, que dá sentido real à vida.

1ª leitura (Am 6,1a.4-7)
Salmo 145
2ª leitura (1 Tm 6,11-16)
Evangelho (Lc 16,19-31)

A parábola não faz um julgamento moral sobre a riqueza e a pobreza. O sofrimento do rico não foi porque ele era rico e a acolhida de Lázaro não foi porque ele era pobre. O que está em jogo é o “abismo da separação”, é a opção pelo egoísmo, pela distância, pelo fechamento, que contradizem a natureza da criação humana e a força transformadora do Evangelho.

A morte é um acontecimento inevitável. O perigo maior é de não viver. Não viver significa gastar a vida com coisas supérfluas, com máscaras, com divisões e separações, com ostentação, com uma vida rasa, sem propósito, que dança conforme o vento. Uma vida perdida. De fato, Victor Hugo, no clássico Os miseráveis, escreveu: “Morrer não é nada, o mais difícil e mais assustador é não viver!”.

priscila

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