A festa da Apresentação do Senhor é um momento importante no calendário litúrgico. A celebração rememora a apresentação de Jesus no templo, rito judaico de purificação e consagração ao Senhor, conforme prescrito na Lei de Moisés. Esse evento cumpre a Lei e, mais do que isso, revela Jesus como a luz que ilumina todas as nações e a glória de Israel. A liturgia deste dia é uma espécie de convocação à reflexão sobre a manifestação do projeto de Jesus como luz do mundo e o cumprimento das promessas do Reino de amor do Deus da vida.
1ª leitura (Ml 3,1-4)
Salmo 23
2ª leitura (Hb 2,14-18)
Evangelho (Lc 2,22-40)
Conforme prescrito na Lei de Moisés, Maria e José se dirigem ao templo para ali apresentar Jesus, cumprindo a Lei ao oferecer um par de pombinhos, sacrifício permitido aos pobres. A narrativa é inclusiva: os mais pobres são parte do projeto do Deus da vida.
Simeão e Ana são personagens que representam o remanescente fiel de Israel, aguardando a redenção e consolação de Jerusalém. Simeão profetiza, por meio do Espírito, que Jesus será a salvação preparada por Deus para todos os povos. A Nova Aliança se faz presente por meio de Jesus, e essa aliança traz luz e glória para todas as nações, principalmente para aqueles que desejam seguir o projeto de Cristo. Jesus como luz e revelação. A apresentação de Jesus no templo revela como sua presença será a luz que ilumina as nações e possibilita o bem para Israel.
Purificação e renovação. A profecia de Malaquias e o rito de apresentação no templo sublinham a necessidade de purificação e renovação da amplitude da vida. Solidariedade e serviço. A carta aos Hebreus fomenta a solidariedade de Jesus com a humanidade. Testemunho e esperança. Simeão e Ana nos mostram que a perseverança e a fé devem persistir em nossas escolhas diárias.
Convite ao compromisso. A festa da Apresentação do Senhor nos convida a celebrar Jesus como luz para nossa vida e a espalhar seu amor, a fim de que o mundo seja pleno em sua luz, livre de tantas guerras e de toda forma de hostilidade contra a obra criadora de Deus.
Somos convocados para refletir essa luz em nossa vida, vivendo de acordo com o projeto do Evangelho e sendo testemunhas fiéis da salvação que nos livra de todo ódio e intolerância para com o diferente. Que possamos, como Simeão e Ana, reconhecer a presença de Jesus em nosso meio e proclamar a Boa-nova da redenção a todos.